Deepfake, PIX automático, vírus: ameaças cibernéticas evoluem em 2025 e demandam segurança digital e ceticismo 2q3x66
De acordo com a Check Point Research, o número médio de ataques digitais semanais cresceu 38% no mundo em 2024. 3s6k3r
Até o fim de 2025, a IA deve continuar ampliando seu protagonismo tanto na defesa quanto no ataque digital. “Compreender essa dualidade é essencial”, diz o especialista em segurança digital e CEO da Alphacode, Rafael Franco. 232j13
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A digitalização acelerada trouxe avanços para empresas e consumidores, mas a velocidade de inovação também introduz riscos crescentes em complexidade. A segurança cibernética evoluiu de um tema técnico para uma prioridade estratégica.
Panorama das ameaças cibernéticas 1q73v
Dados recentes indicam um aumento no volume de ataques. De acordo com a Check Point Research, o número médio de ataques semanais cresceu 38% no mundo em 2024. O Brasil lidera a lista de vazamentos de dados na América Latina. O crime cibernético se estabeleceu como uma indústria, operando com organização, automação e inteligência artificial.
Até o fim de 2025, projeta-se a ascensão dos "ataques silenciosos". O objetivo desses ataques não é interromper sistemas, mas se infiltrar, capturar dados e monetizar os de forma imperceptível.
A Inteligência Artificial como vetor de ataque 336t2z
A popularização da IA generativa, deepfakes e ferramentas de automação indica que as fraudes tendem a ser mais avançadas. Criminosos já utilizam IA para aumentar a sofisticação de seus ataques. Segundo Franco, exemplos incluem:
- Deepfakes que podem ser usados em fraudes, sequestros de dados e manipulações políticas.
- Malwares capazes de se modificar para escapar de sistemas de detecção, que estão em circulação e devem evoluir.
- Ataques digitais mais personalizados, com a IA generativa, como e-mails falsos que podem imitar o estilo de escrita de um diretor financeiro.
- Bots automatizados que podem testar milhares de combinações de senhas por segundo em ataques de força bruta.
- Golpistas que empregam inteligência artificial para clonar vozes, simular atendimentos e automatizar abordagens de phishing.
A Inteligência Artificial na defesa cibernética 4b3q4x
Soluções baseadas em IA já fazem parte da rotina de empresas e instituições públicas. Fundadora e CEO da Foster, agência do grupo WPP especializada em inteligência artificial, transformação digital e inovação em comunicação, explica:
“Algoritmos de aprendizado de máquina auxiliam na detecção de comportamentos suspeitos em redes, preveem falhas de segurança e bloqueiam invasões antes que causem danos. O diferencial reside na capacidade da IA de analisar volumes extensos de dados em tempo real, identificando sinais invisíveis aos olhos humanos. Até 2025, esses sistemas devem ser mais preditivos, auxiliando especialistas na correção antecipada de vulnerabilidades”, diz.
Na prática, instituições financeiras utilizam IA para prevenir fraudes em tempo real, enquanto o setor de varejo detecta padrões de comportamento que indicam tentativas de roubo de dados de clientes.
O setor público começa a empregar IA para proteger infraestruturas críticas, como redes de energia e saúde. Empresas que não utilizam IA para se defender são consideradas em desvantagem, dizem os especialistas ouvidos pelo Terra. Ferramentas inteligentes de monitoramento com IA conseguem detectar comportamentos anômalos e responder em tempo real.
Fator humano e estratégias de mitigação 4c4q4u
Segundo os especialistas, a inteligência artificial, por si só, não é perigosa; o risco real reside no uso indevido por parte de criminosos. “A IA não é uma entidade autônoma ou consciente; ela não possui desejos, intenções ou moral, apenas reconhece padrões, aprende com dados e automatiza processos”, diz Franco.
O verdadeiro desafio é humano, exigindo educação digital para a compreensão de como a IA funciona, seus limites e o uso responsável. O conhecimento é apontado como uma das principais defesas contra ataques mediados por IA, incluindo saber identificar uma tentativa de phishing, entender a importância de senhas fortes ou ativar autenticação multifator.
Até o final de 2025, o combate às ameaças cibernéticas requer ação coordenada entre empresas, cidadãos e formuladores de políticas.
Para empresas:
- Devem investir em soluções baseadas em IA, mas também manter especialistas capacitados para interpretar alertas e tomar decisões.
- O treinamento constante de colaboradores é essencial, visto que a maioria dos ataques bem-sucedidos explora falhas humanas, e não tecnológicas.
- Recomenda-se adotar segurança por design, fazendo com que os projetos nasçam seguros, e não pensando em "colocar segurança depois".
- É essencial validar autorizações e fluxos sensíveis.
Para usuários:
- Precisam desenvolver ceticismo diante de informações recebidas por e-mail, redes sociais ou aplicativos de mensagens.
- Verificar remetentes, evitar clicar em links desconhecidos e manter os dispositivos atualizados são atitudes que podem reduzir o risco de ataques.
- A conscientização constante é considerada vital, já que o humano é a principal porta de entrada para ameaças.
Novo desafio: pix automático 354r5u
Com o recente lançamento do Pix Automático, uma funcionalidade do Banco Central que permite cobranças recorrentes com autorização prévia do usuário, uma nova possibilidade para possíveis fraudes é identificada.
Apesar de trazer benefícios para empresas que operam com mensalidades, crediário e s, existe um risco de que golpistas usem engenharia social para induzir autorizações fraudulentas, especialmente em usuários menos experientes digitalmente.
Assim como visto em golpes envolvendo QR Codes e falsos boletos, o Pix Automático exigirá uma etapa extra de conscientização, autenticação e validação da origem das cobranças.
“Por sua vez, deve fomentar discussões sobre o uso ético da IA. Regulamentações que não engessem a inovação, mas evitem abusos, são consideradas urgentes. O Brasil já dá sinais de progresso nesse caminho com a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA), que propõe princípios de transparência, segurança e inclusão. A ferramenta IA é considerada neutra; cabe a cada indivíduo, organização e país definir como ela será usada”, diz Franco.