'Se não for por bem, ajuste fiscal será por mal', diz presidente da Febraban 1p1o5i
Para Isaac Sidney, medida tem que ser construída com a ajuda da sociedade e dos Três Poderes 5c2xy
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, defendeu neste sábado, 9, que um ajuste fiscal no País depende do trabalho conjunto entre os Três Poderes e a sociedade. m6u49
"Eu tenho a seguinte visão: se não por bem, terá de ser por mal", disse durante no Fórum Esfera, realizado em Guarujá, litoral de São Paulo. "Se nós não conseguirmos entender - e isso vale para o Judiciário, o Legislativo, ando pelo Executivo e a sociedade - por bem, essa conta será absolutamente inistrável e inável."
Para o executivo, não só "chegou a hora" do debate, como não há mais como adiá-lo. "É impossível que nós continuemos insistindo", analisou. Ele citou que o País a por níveis de crescimento robustos nos últimos três anos e que o mercado de crédito está pujante, ainda que na ponta já se anteveja a retroação de alguns indicadores. Também mencionou o mercado de trabalho aquecido e a demanda doméstica robusta, tanto de consumo quanto de investimento.
Isaac defendeu que os empresários também precisam participar dessa tarefa. "Nós temos que rediscutir isso, porque tem peso: são R$ 600, R$ 700 bilhões de renúncia fiscal. Então, a discussão é uma discussão que ela não pode ficar exclusivamente no colo do governo federal", argumentou. O que depende de Brasília, conforme o executivo, é o "gesto de coragem" e "desprendimento" para interromper a escalada dos gastos públicos.
Críticas ao aumento do IOF 51242h
O presidente da Febraban também criticou a iniciativa do governo de ter aumentado a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é um imposto regulador, como uma forma de aumentar a arrecadação. "Por que foi feito isso? Porque o cobertor ficou curtíssimo. E por que ficou curto? Porque a gente não enfrenta o estrutural", avaliou.
