Freire Gomes confirmou a existência da 'minuta golpista' ao STF, ao contrário do que alegam posts 3v5y19
POSTAGENS TENTAM DESACREDITAR MATÉRIA DO JORNAL 'O GLOBO'; IMPRENSA DIVULGOU CORRETAMENTE QUE EX-COMANDANTE DO EXÉRCITO CONFIRMOU EXISTÊNCIA DO DOCUMENTO DURANTE DEPOIMENTO NO DIA 19 4f2q4r
O que estão compartilhando: que o general Marco Antônio Freire Gomes teria negado a existência de uma "minuta do golpe" em seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF). Veículos de imprensa como o jornal O Globo teriam mentido ao afirmar que o ex-chefe do Exército teria confirmado a minuta golpista. 2b5p3m
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Em audiência na Primeira Turma do STF, que aconteceu na segunda-feira, 19, Freire Gomes confirmou ter sido chamado pelo ex-presidente para discutir a minuta do golpe, que ele chamou de "estudo".
Saiba mais: Freire Gomes assumiu o comando do Exército em março de 2022. Na época, o governo Bolsonaro ava por uma reforma ministerial. O ex-comandante é considerado uma das principais testemunhas de acusação na ação que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de tentativa de golpe.
Em depoimento à Polícia Federal, Freire Gomes afirmou que, em 7 de dezembro de 2022, foi convocado por Bolsonaro para uma reunião no Palácio do Alvorada. No encontro, foi apresentado o esboço de um decreto que invocava dispositivos como Estado de Defesa, Estado de Sítio e Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para a imposição de um estado de exceção no País - o que ficou conhecido por "minuta do golpe".
Depoimento de Freire Gomes: os 5 principais pontos das declarações do ex-chefe do Exército ao STF
O militar prestou depoimento na oitiva das primeiras testemunhas indicadas na Ação Penal 2668, que investiga a tentativa de golpe. A audiência foi dirigida pelo relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes.
Conforme divulgado pelo Estadão, Freire Gomes afirmou que se reuniu com o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira, os outros dois chefes das Forças Armadas e Bolsonaro para discutir o conteúdo da chamada "minuta golpista".
De acordo com o militar, em uma das reuniões, foi apresentado um documento que se assemelhava à minuta do golpe, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
"Talvez ele tenha nos apresentado por questão de consideração por alguns trechos do documento dizer respeito a Estado de Defesa, GLO. Estava nos dando conhecimento de que iria começar esses estudos", afirmou Freire Gomes.
O militar acrescentou que os "considerandos" ou justificativas eram embasados na Constituição e que se posicionou contra intervenção no processo eleitoral.
O conteúdo verificado aqui também foi desmentido pelo Aos Fatos.
